25 janeiro, 2017

A vítima e o Buda


Sou vítima do vitimismo. Na verdade já fui mais, consegui aos poucos superar isso. É mais fácil e quase instintivo colocar a culpa em qualquer bagaça externa. Como se fossemos uma personagem sofrida de novela das nove.

Me enfiava num drama pastelão, regado à crises de pânico. Fórmula perfeita pr'aquela depressão gostosa. O reflexo disso obviamente era o fato da vida não andar pra frente. Fiquei estagnado. Envolto na própria sofrência. Sem um pingo de autoconhecimento.

O ápice de la mierda, o fundo do poço, o último suspiro chegou e só escapei de tomar um caminho pantanoso por causa do amor. Primeiro vindo da família, depois dos amigos e agora da minha namorada. A santíssima trindade que me ergueu. Que me tirou da escuridão do vitimismo. Deu-me a chance de ver tudo por outra ótica. E eu vi.

Não caiam na tentação de jogar a culpa nos outros. Vivam a própria vida, sejam responsáveis por ela e se conheçam mais. Não precisa ser o Buda pra saber isso.

Beijo na bunda [ou no Buda]

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