Porto Alegre é a cidade que não vê o seu porto e assim se torna distante da felicidade. Sinta a contradição! Pior é que não para por ai. É a cidade que se diz superior, mas não faz nada para realmente ser a tal. Ao contrário, perece, mofa, vira foto em tom sépia.
Amo Porto (até mesmo essa sua mania de cortar as palavras). Amo tanto que me permito odiá-la.
Onde está aquela velha capital?! Onde surgiam artistas, bandas, esportistas, bons governantes. Onde está?!
Gostamos de dizer - nós, porto-alegrenses - que em nada parecemos com o Brasil, como se isso fosse uma baita vantagem. Estamos numa Montevidéu, numa Buenos Aires, numa província parada no tempo.
O aeromóvel simboliza o atual momento. Uma ideia sensacional, tecnologia própria, ligando o nada a lugar nenhum. Tri afú, néãm?
Ok, talvez não seja tudo isso. Pode ser efeito da semana farroupilha. Pode ser efeito do final do domingo. Pode ser efeito da chuva. Ou pode ser efeito do defeito de querer tudo perfeito.
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